A febre amarela é uma doença infecciosa viral aguda,
transmitida por mosquitos, presente em países da África e das Américas Central
e do Sul.
A transmissão pode ocorrer de duas formas: silvestre e urbana.
Mas se
trata de uma só doença.
Na forma de transmissão silvestre, os vetores são os
mosquitos Haemagogus e Sabethes, que mantêm a circulação do vírus entre os
macacos, podendo, também, transmitir ao homem caso esteja nesse ambiente sem
estar vacinado. Na forma de transmissão urbana, o veículo do vírus é o mosquito
Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue, da febre do chikungunya e da
zikaV.
No Brasil, desde 1942, não há registro de transmissão da
febre amarela em ambientes urbanos. Ou seja, há mais de 70 anos não são
identificados casos da doença no país provocado pela picada do mosquito Aedes
aegypti.
A eliminação da forma de transmissão urbana foi possível
pela existência de uma vacina eficaz e pelas campanhas nacionais para
imunização, combinadas ao combate ao mosquito vetor.
“Como a transmissão silvestre da febre amarela não é
erradicável, porque envolve primatas não humanos (macacos), a vacina continua
sendo recomendada para moradores e visitantes de áreas onde foram notificados
casos suspeitos da doença, principalmente pela elevada letalidade da doença”,
enfatiza Rosana Pereira.
Os sintomas iniciais
São febre alta de início súbito,
sensação de mal estar, dor de cabeça, dor muscular, cansaço, calafrios, náuseas
e vômitos.
Quando a doença evolui para a forma grave, há aumento da febre,
diarreia, reaparecimento dos vômitos, dor abdominal, icterícia (olhos
amarelados, semelhante à hepatite), manifestações hemorrágicas (equimoses,
sangramentos no nariz e gengivas) com comprometimento dos órgãos vitais como
fígado e rins.
Se a pessoa se deslocou nos últimos 15 dias para áreas com
recomendação de vacina para febre amarela, exerceu alguma atividade em área de
mata (ecoturismo, pesca, desmatamentos, etc.) e apresentou alguns dos sintomas
mencionados acima, deverá procurar o mais rápido possível as unidades de saúde
municipais (postos de saúde e equipes de saúde da família). A investigação, o
diagnóstico, o tratamento e o acompanhamento serão realizados pela rede pública
de saúde.