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terça-feira, 26 de abril de 2016

Diabetes, inicia na infância.



O tipo mais comum entre as crianças é o tipo um, que não está relacionado à obesidade.

Embora não seja tão comum, a Diabetes, inicia na infância.

Por isso, é preciso ficar atento para realizar o diagnóstico cedo.

De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, no Brasil há 13 milhões de pessoas com a doença.

Desse total, um milhão são crianças.

Quando Diabetes, inicia na infância, o problema quase sempre é causado por uma deficiência no organismo, muitas vezes herdada de um dos pais, e não por hábitos pouco saudáveis, como má alimentação ou sedentarismo.

O mais importante é que o diagnóstico seja feito com rapidez e que o tratamento comece o quanto antes.

 A doença é bem séria e pode ter consequências importantes, mas, se bem monitorada, a criança pode levar uma vida normal.

Diabetes de que tipo?


O diabetes infantil é o tipo um, que ocorre, na maior parte das vezes, quando há uma parada repentina na produção do hormônio insulina.


Ou seja, o que até ontem estava perfeito, hoje para de funcionar, sem qualquer motivo aparente.

 “É considerada uma doença autoimune, pois o próprio organismo produz anticorpos contra o pâncreas e destrói as células de insulina”, diz Luiz Eduardo Calliari, membro do departamento de endocrinologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Sem a insulina, a glicose fica circulando pelo sangue.
 E é isso o que acaba provocando o diabetes.

Tipo dois

O diabetes tipo dois é aquele que acontece quando a insulina é produzida, mas em quantidade insuficiente para fazer com que a glicose seja absorvida pelas células.

Antes, ele era restrito aos adultos, mas nos últimos anos tem aparecido também em crianças e adolescentes, principalmente nos obesos.

Segundo os médicos, isso se deve à alimentação pouco saudável e à falta de exercícios físicos
Nesse caso, os sintomas são muito parecidos com os do diabetes tipo um, embora mais leves.

 O tratamento é diferente: 


tem muito mais a ver com mudanças de hábitos alimentares, prática de atividades físicas e, em alguns casos, uso de medicamentos, não necessariamente injeções de insulina.

 Olho nos sinais

Como a doença não está ligada à obesidade ou ao estilo de vida, os pais precisam ficar atentos ao comportamento dos pequenos para verificar qualquer coisa que denuncie o problema.

Dois dos principais sintomas que podem significar diabetes na infância é a sede excessiva e muita vontade de urinar.

Algumas crianças até voltam a fazer xixi na cama. Outro sinal é a presença de açúcar na urina.

“Surgem até formiguinhas em volta do vaso sanitário”, explica Calliari.

 Perda de peso rápida, fome fora do normal, muito cansaço e fraqueza são outros sintomas importantes.

Diagnóstico rápido

A demora em procurar um médico pode ocasionar um quadro chamado cetoacidose diabética, mais conhecida como diabetes descompensada.

 Isso acontece quando há grande diminuição de insulina no organismo.

Estima-se que 25% das crianças com a doença passam por esse problema. 

Nesses casos, é preciso um tratamento intensivo, que envolve internação, até que o nível do hormônio volte ao normal.

Segundo o especialista, caso o tratamento não ocorra rapidamente (em menos de uma semana), a criança pode até entrar em coma diabético.


Como existe uma incapacidade de o pâncreas produzir insulina, o único tratamento para o diabetes tipo um são as injeções diárias do hormônio para regular o nível de glicose no sangue.

São usados dois tipos de insulina: a de ação rápida (na hora das refeições) e a de ação prolongada.

 A criança também terá de fazer o teste da pontinha do dedo, que avalia o nível de açúcar no organismo. 
São indicadas de três a quatro injeções de insulina por dia, dependendo do caso.

Podem ser aplicadas na barriga, no braço, na coxa ou no bumbum. Controle alimentar e exercícios físicos também são essenciais.

Vida normal

Claro que num primeiro momento os pais se assustam com o diagnóstico e com a rigorosidade do tratamento.

Mas é preciso ter calma e saber que se ele for seguido direitinho o pequeno muito provavelmente terá uma vida normal. 
No começo é desgastante mesmo.
Afinal, que criança gosta de tomar injeção todo dia?

Mas aos poucos ela vai incorporando tudo à rotina e as coisas ficam mais fáceis.
 “O diabetes na criança não é limitante, mas o tratamento precisa ser rigoroso”.